Essas lesões podem provocar desconforto, sangramento, coceira e, em alguns casos, constrangimento estético.
Tratamento Cirúrgico
O tratamento cirúrgico busca a remoção direta das lesões, sendo indicado em condilomas maiores, múltiplos ou resistentes a terapias tópicas.
Laser
- O laser demonstrou maior precisão cirúrgica, facilidade de manejo e redução significativa da carga viral por célula após o processo de cicatrização, sugerindo superioridade em termos de controle viral local e potencial redução de recidivas.
- No contexto de lesões genitais, o laser de diodo apresenta taxas de cura elevadas e baixa recorrência, com excelente perfil de segurança e mínima dor pós-operatória.
- Limitação: embora seja altamente eficaz e seguro, a superioridade absoluta sobre a eletrocauterização ainda não está estabelecida, sendo ambos métodos válidos e dependentes do tipo de lesão e do contexto clínico.
Eletrocauterização
- Remove e cauteriza os condilomas por corrente elétrica.
- Vantagens: eficaz em áreas maiores, disponível em centros médicos.
- Limitação: não elimina o vírus, apenas as lesões visíveis.
Tratamento Tópico
Indicado em lesões menores ou múltiplas, pode ser utilizado em associação com tratamento cirúrgico.
- Podofilina: aplicada sobre as lesões, promove necrose tecidual.
- Imiquimode: pomada imunomoduladora que estimula a defesa local contra o HPV.
- Ácido tricloroacético (ATA): utilizado em áreas de mucosa, destrói o tecido da verruga por cauterização química.
Esses tratamentos devem ser sempre prescritos e acompanhados por médico, pois o uso inadequado pode causar queimaduras e irritações na pele ao redor.
Importante Saber
- O tratamento remove as lesões, mas não elimina o HPV do organismo.
- As lesões sempre podem recidivar, mesmo após terapias cirúrgicas ou tópicas.
- O uso de preservativo reduz o risco de transmissão, mas não elimina totalmente a possibilidade de contágio.
- A vacinação contra o HPV é fundamental na prevenção de novos casos e deve ser incentivada em homens e mulheres.
Considerações Finais
O tratamento das lesões de HPV anal deve ser individualizado, considerando o tamanho, a localização e o número de condilomas.
O acompanhamento com um coloproctologista é essencial para escolher a melhor estratégia, garantir segurança no tratamento e reduzir o risco de recidivas.
Perguntas frequentes (FAQ)
O HPV anal sempre precisa de tratamento?
Sim. Mesmo que as verrugas sejam pequenas, o tratamento é indicado para evitar crescimento, sintomas e transmissão a parceiros.
O laser é melhor que a eletrocauterização?
O laser oferece maior precisão e pode reduzir recidivas locais, mas a eletrocauterização também é eficaz. A escolha depende do tipo de lesão e da avaliação médica.
As pomadas eliminam o vírus HPV?
Não. Podofilina, imiquimode e ATA tratam as lesões, mas não eliminam o vírus. É necessário acompanhamento médico e seguimento periódico.
O HPV tratado pode voltar?
Sim. As lesões podem recidivar em qualquer tratamento, por isso o acompanhamento médico é essencial.